Debates acerca da saúde mental são cada vez mais comuns nas redes sociais, mas apesar disso, doenças psiquiátricas ainda são um tabu. A pesquisa recente realizada pela Refinaria mostra que ainda há muita desinformação, e as pessoas sentem vergonha de falar sobre o tema.
A análise, publicada pelo Portal Hospitais Brasil e pela Revista Medicina S/A, apurou o cenário da depressão nas redes sociais. Das 12,2 milhões de pessoas analisadas apenas 1,2 milhão fala abertamente sobre questões relacionadas à saúde mental.
Ao analisar as hashtags #depressão, #suicídio, #angústia, #ansiedade, #burnout, #psicofobia e #saúdemental na redes sociais (Tweeter, Facebook e Instagram), identificamos que a amostra que conversa sobre esses tópicos é quase homogênea, sendo 58% mulheres e 42% homens.
O perfil é formado, em sua maioria, por jovens entre 16 e 25 anos (33%) e com nível superior incompleto (48%). Quanto à orientação religiosa, 42% se identificam com o cristianismo e 12% com o ateísmo. Entre as figuras públicas que seguem em comum, destacam-se: Whindersson Nunes, Marina Ruy Barbosa, Isis Valverde, Mariana Ximenes, Cauã Reymond, Reynaldo Gianecchini, Paula Fernandes e Chris Flores.
“O total de usuários analisados ainda é muito grande ao olharmos o número de pessoas que falam abertamente sobre saúde mental. Essa diferença nos mostra que ainda há muita timidez, ou até receio, em abordar o tema e corrobora o baixo número de produtores de conteúdo nas redes sociais que falam sobre isso”, destaca Rafael Zenorini, CEO da Refinaria de Dados.
Outra informação levantada pela pesquisa é que os usuários falam com humor sobre #ansiedade, e a prevenção e o tratamento são abordados quando as pessoas falam de #saúdemental. A #suicídio está muito relacionada às palavras “deus”, “anjo”, “agora”, “amor”, “paz” e “aconteceu”.
Além disso, há um maior nível de exposição no Twitter, totalizando mais de um milhão de pessoas, e uma baixa exposição no Instagram, com apenas 40 mil usuários falando sobre o tema.
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