Por ser um dos setores mais atingidos pela pandemia, a Refinaria de Dados buscou compreender de forma abrangente os impactos da situação atual sobre a Indústria Farmacêutica, pensando aqui tanto na cadeia de produção, quanto nas estratégias de promoção e vendas e os atores que participam dessa jornada, os médicos.
A partir disso, conseguimos levantar alguns insights para auxiliar nesse cenário desafiador que se desdobra.
As consequências do estado emergencial que podemos observar, como a súbita sobrecarga do Sistema Único de Saúde, os aspectos regulatórios das novas drogas sendo desenvolvidas e a redução drástica do contato presencial, que atinge diretamente estratégias como visitas médicas, são apenas o início dos impactos mapeados para o mercado. A longo prazo, vale lembrar que haverão impactos na produção de determinadas substâncias ativas e medicamentos, bem como na sua comercialização, a Índia, por exemplo, suspendeu a exportação de determinadas moléculas.
As alterações nos regimes de comportamento do mundo já estão causando alterações drásticas na atividade promocional da indústria farmacêutica, como vemos acima. Adotar estratégias até então consideradas como secundárias no campo da promoção, se tornou vital para a manutenção dos movimentos.
Com intuito de reverter o panorama através de novos canais, vemos que em alguns países o crescimento da interação remota neste período foi substancial. Grandes players do setor estão revendo sua abordagem digital, sendo este o canal que ganha força no momento. Aqui, já publicamos sobre o comportamento digital dos médicos, agora é a hora de pensar na mudança de comportamento das empresas.
A indústria farmacêutica já trabalha com braços de ação digital, mas ainda é uma participação baixa considerando as ações presenciais especialmente no campo de visitação médica. Grande maioria das empresas considera o digital como uma boa ideia, porém o que vemos acontecer desde o início do surto do Covid-19 é a transformação dessa ideia em uma necessidade.
O aumento exponencial do número de casos do Corona Vírus no Brasil trouxe consigo mudanças nas rotinas dos profissionais de saúde, especialmente os médicos. Com intuito de compreender como eles estão lidando com essa nova realidade, a Refinaria apurou o cenário levando em consideração menções relacionadas a saúde mental, levando em conta postagens de 281 mil médicos nas redes sociais Twitter, Facebook e Instagram.
O levantamento, publicado na Folha de São Paulo no último sábado (28), buscou entender o alcance do tema, definimos algumas palavras chave que orientaram nossa pesquisa como: ‘DEPRESSAO’, ‘ESTRESSE’, ‘NERVOSO’, ‘CANSADO’, ‘SONO’ e ‘SAÚDE MENTAL’.
Na análise, identificamos outros termos relacionadas que traremos a seguir, é interessante também chamar atenção para o fato de que as palavras mais mencionadas foram respectivamente CANSADO e SONO.
Abaixo notamos a construção de um quadro de preocupação relativo às demandas do sistema de saúde e às consequências da epidemia, já que vemos palavras como economia e governo aparecerem frequentemente nessa relação.
É interessante observar também que se constrói uma narrativa relacionada ao deslocamento para o trabalho, onde analisamos a palavra sono e cansado vemos emergir não apenas essa relação, mas também uma grande tendência à assuntos familiares, relativos à rotina de casa como filhos, família e jantar.
Olhamos para o futuro das organizações, gerando insights e decisões mais inteligentes. Tudo através da análise de dados.